Das coisas que não sei responder.

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Foto por Pok Rie em Pexels.com

Sempre fui conselheira, aquela amiga que, sabe Deus por que, as outras amigas procuram buscando orientação, consolo ou até mesmo um minuto de sabedoria. Veja bem, esse perfil não se baseia em experiência, sabedoria ou algo do tipo. Na maioria das vezes, tenho até menos vivência do que as pessoas que me cercam.  Mesmo assim, sempre acabo nesta posição.

Talvez seja um espírito maternal que sempre me acompanhou, talvez seja minha capacidade conviver de forma muito tranquila com personalidades muito diferentes da minha ou quem sabe seja minha perspectiva positiva e livre de julgamentos.

Mesmo assim, mesmo com esse perfil boa gente que alimento e tento fortalecer sempre, ando meio sem estoque de discursos contagiantes. Às vezes, encaro um gigantesco EU NÃO SEI bem na frente das minhas ideias.

Ando com saudade do tempo em que acreditava saber tudo, que podia resolver tudo e que fazia tudo girar em torno do afeto: um abraço acalma, um beijinho sara, uma companhia salva.

Veja bem, esse texto não é triste, nem desesperançoso, ao contrário disso, é uma forma de eu dizer para mim mesma – e quem sabe para você também – que a gente não sabe tudo mesmo e que alguns problemas exigirão mais do que um afago para serem resolvidos, mas nada disso ignifica que seremos engolidos por nossos problemas.

Talvez hoje não saibamos lidar com certas coisas, talvez os dias não sejam tão bons no momento, mas há algo capaz de nos salvar de verdade: luta.  Todo dia, sempre, mesmo cansada, mesmo doída. Lutar é não desistir e esse é o único caminho.

E eu posso não saber de muitas coisas, mas de uma estou certa: a noite vai chegar e depois o sol também. Os dias vão passar e, quando menos esperarmos, tudo estará bem.

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